O aumento do número de desempregados no país e o avanço da recessão econômica preocupam sindicalistas filiados à Força Sindical. Nesta sexta-feira(9), dirigentes da Executiva Nacional da Central vão se reunir, em São Paulo, para debater as reformas previdenciária e trabalhista e os efeitos da crise para os empregados. No encontro, o presidente da Federação Nacional dos Frentistas (FENEPOSPETRO) e do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, vai destacar a importância da união dos sindicatos, neste momento crítico, para o avanço das ações em defesa dos direitos dos trabalhadores.

Segundo Eusébio Neto, os sindicatos precisam se afinar nos discursos em defesa dos trabalhadores, já que as perspectivas para o primeiro trimestre de 2017 não são animadoras. Mesmo com o fechamento de mais de doze milhões de postos de trabalho, o próprio governo já admite que a recessão vai avançar ao reduzir a projeção do PIB( Produto Interno Bruto) para o ano que vem. Ele ressalta que só com a união da sociedade, das entidades de classes e do poder público o Brasil vai conseguir sair desse atoleiro e voltar a crescer.

Eusébio destaca que os trabalhadores não podem pagar a conta dos desmandos e da má gestão administrativa. “Esse ano, o brasileiro terá um Natal mais magro com redução do consumo, mesmo com a queda nos preços de alguns produtos. Por causa da crise econômica, boa parte dos brasileiros vai usar o décimo terceiro para pagar contas”-completa.

O presidente da FENEPOSPETRO chama a atenção para os protestos ocorridos, nos últimos dias, no país contra as propostas do governo. Eusébio Neto defende um discurso afinado entre os sindicalistas para que os manifestantes não sejam vistos como baderneiros e que o direito de expressão possa ser respeitado, sem manobras da grande mídia.

Na reunião de hoje, os dirigentes da Força Sindical vão aprofundar os debates sobre o papel dos sindicatos, levando em conta a realidade do trabalho e as propostas de reformas apresentadas pelo Governo Federal. No encontro, a central vai divulgar o calendário de lutas contra a reforma da Previdência que será realizado em todo o País.