Dos 560 postos de combustíveis no Estado, 30% (168) ainda não se adequaram às regras para regularização ambiental. “Ainda estão se adequando, mas 70% fizeram as mudanças”, afirma o supervisor técnico do Sinpetro/MS (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes), Edson Lazaroto. As exigências são tanques com revestimento duplo e bombas com mais segurança e menor odor de combustível.

Em Campo Grande, 90% dos 170 postos concluíram as modificações para combater a poluição do solo e dos recursos hídricos por contaminação decorrente do vazamento e de destinação inadequada de produtos derivados do petróleo.

Na Capital, o processo foi deflagrado em 2009, a partir de assinatura de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o MPE (Ministério Público Estadual) e a Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano). Segundo o supervisor, os postos de Campo Grande conseguiram prorrogação até 28 de fevereiro. No ano passado, seis unidades chegaram a ser lacradas por descumprimento do termo.

No restante do Estado, a legislação é fiscalizada pelo Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul). Segundo Lazaroto, o órgão estadual também deu prazos para os empresários se adequarem. “Os investimentos são onerosos, os tanques caríssimos”, afirma.

Além do aço, o tanque precisa ser revestido com fibra de vidro. Dono de posto em Bela Vista, Almir Stein conta que vai investir R$ 150 mil para substituir três tanques. Já as novas bombas custam de R$ 15 mil a R$ 20 mil. De acordo com o presidente do Sinpetro, Mário Seiti Shiraishi, no começo as mudanças foram recebidas com ceticismo. “Acharam uma atitude bizarra”, diz. Depois, os empresários se convenceram dos benefícios das alterações. Segundo ele, o setor é o quarto maior segmento de arrecadação.

Nesta quinta-feira, no Ondara, em Campo Grande, foi realizado workshop sobre legislação e sustentabilidade. Foram apresentadas novidades do setor e o ex-ministro Ciro Gomes (Pros) realizou palestras. Num dos estandes, a atração era uma bomba de combustível de R$ 13.500. A peça é em alumínio, que resiste melhor a clima do que as de aço. A feira também foi realizada em Paranaíba e Dourados.

Fonte: http://www.campograndenews.com.br/cidades/novas-regras-ambientais-nao-sao-cumpridas-por-168-postos-de-gasolina