1 – Porque elas ameaçam os empregos de 500 mil frentistas,
2 – Expõem os clientes a acidentes e ao contato com substâncias cancerígenas,
3 – E porque o salário do frentista representa menos de 2% do custo do combustível.
A ameaça do self-service continua
No final da década de 1990, os trabalhadores dos postos de combustível se mobilizaram para garantir seus empregos. Liderado pela Fenepospetro, o movimento pressionou pela proibição das bombas de autosserviço nos postos, o chamado self-service.
Graças à pressão dos trabalhadores, várias leis foram aprovadas nos municípios e estados, até que a lei federal nº 9.956 foi sancionada em janeiro de 2000, proibindo as bombas de self-service em todo o território nacional.
Só que os defensores do autosserviço não desistem de tentar derrubar a proibição. Hoje, vários projetos tramitam no Congresso com esse objetivo. Em março de 2021, conquistamos uma vitória parcial com a publicação de parecer contrário a um deles na Comissão de Trabalho da Câmara, mas a ameaça continua.
“Precisamos nos manter vigilantes para manter a proibição. O autosserviço só interessa aos empresários inescrupulosos, que não se importam com a segurança dos clientes nem com a função social das empresas, que é gerar empregos e riquezas para o país”, aponta o presidente da Fenepospetro, Eusébio Pinto Neto.
O presidente do Sinpospetro/MS José Hélio da Silva também não concorda com esse serviço de auto-atendimento porque ele é prejudicial aos trabalhadores do setor. Isto, sem contar com o perigo que representa para os consumidores, que podem ser vítimas de acidentes fatais nos postos de combustíveis. "Não aceitamos essa modalidade, pois representaria um risco muito grande à vida dos consumidores, além de tirar o emprego de milhares de trabalhadores", afirmou ele.