Gilson Sá e José Hèlio da Silva, presidente do sindicato laboral

Donos de postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul se recusam, desde 1º de março do corrente ano, a negociar salário e outros direitos dos seus empregados. A Convenção Coletiva de Trabalho não foi fechada e como se não bastasse, os empresários tentam ainda retirar direitos conquistados ao longo de muitos anos de luta. A denúncia é do Sinpospetro/MS (Sindicato dos Empregados em Postos de Serviços de Combustíveis e Derivados de Petróleo).

Em oito tentativas de conciliação, intermediada pelo Ministério Público do Trabalho – MPT, em apenas duas o Sinpetro/MS (entidade patronal) compareceu. Assim como esta semana, mas não aceitou chegar a um acordo com o sindicato dos empregados, informa José Hèlio da Silva, presidente do sindicato laboral.

Na reunião desta semana na Procuradoria Regional do Trabalho da 24ª Região, diante dos representantes dos empregados e do procurador do trabalho, Dr. Celso Henrique Rodrigues Fortes, “os donos de postos não só não aprovaram  um aumento real dos salários como também se recusaram até a promover a reposição das perdas salariais para a inflação”, informa José Hélio.

Além disso, segundo o Sinpospetro/MS os donos de postos de Mato Grosso do Sul querem ainda tirar direitos conquistados até mesmo a alimentação fornecida mensalmente em forma de cesta básica. Benefício que os trabalhadores vêm recebendo há anos. Eles querem fornecer ticket alimentação em valor a ser definido.

Os trabalhadores em postos de combustíveis de Mato Grosso do Sul já deveriam estar recebendo a reposição salarial e um possível aumento de salário desde 1º de março, data base da categoria.

Participaram da reunião, representando a classe patronal, os advogados Edgar Martins Veloso e André de Carvalho Pagnoncelli, e o empresário Marcelo Batistela. Representando os trabalhadores: José Hélio da Silva, presidente; Alfredo Orlando Benites Aquino, Orlando de Carvalho Hoffmann, Gilson da Silva Sá e o advogado Cesar Palumbo Fernandes.

O Sinpospetro/MS lamentou o procedimento desumano dos empresários que não respeitam e muito menos valorizam seus próprios empregados, quando resolvem não pagar salários justos e mais: tentam retirar direitos conquistados ao longo de muitos anos de luta e perseverança. Os dados da Agência Nacional de Petróleo demonstram que os empresários de Mato Grosso do Sul não tiveram queda no faturamento do ano passado para cá. Muito pelo contrário, tiveram altos lucros.

 

Fonte: http://gazetamorena.com.br/2018/08/16/frentistas-tentam-reajuste-salarial/