Os senadores analisam nesta terça-feira (4) um requerimento de urgência para a votação da reforma trabalhista no plenário. Se aprovado, o projeto entra na pauta após duas sessões ordinárias, o que deve acontecer na quarta-feira (5).

O presidente Eunício Oliveira (PMDB-CE) pretende concluir a votação antes do recesso parlamentar, que começa no dia 18 de julho.Em regime de urgência, a reforma trabalhista segue uma tramitação especial.

Na discussão, os senadores podem falar apenas uma vez e por dez minutos cada — cinco a favor e cinco contra a proposta. Mas o presidente Eunício Oliveira avisou que vai conceder a palavra a todos que se inscreverem.

Até sexta-feira (30), já havia 13 emendas, todas do senador Paulo Paim (PT-RS). Essas sugestões para mudar a reforma trabalhista não precisam voltar para a análise das comissões. Recebem parecer em plenário.

O projeto de lei da reforma trabalhista recebeu pareceres divergentes durante a tramitação: dois a favor e um contra a proposta. No Plenário, a tendência é de que o projeto seja votado nos termos do último parecer. Na última quarta-feira (28), a CCJ recomendou a aprovação da matéria. 

RELATOR

o relator da Reforma Trabalhista, senador Ricardo Ferraço  (PSDB-ES), nunca trabalhou e sequer concluiu o curso superior de Economia.Até hoje, a assessoria do senador não explicou onde ele trabalhou. Ferraço é colega de senado e de partido do senador,Aécio Neves.

Ferraço desde os 18 anos virou político profissional devido a influência de seu pai, Theodorico Ferraço, conhecido político da região de Cachoeiro de Itapemirim, que colocou o filho pra seguir sua trajetória. 

Mesmo sem sequer ter sido trabalhador na vida, Ferraço tem ido à mídia dizer que suas propostas irão melhorar as relações trabalhistas. E ainda ignora a importância dos sindicatos e da justiça do trabalho na mediação de conflitos, colocando como válido a livre negociação patrão-empregado. Quem trabalha sabe bem como é tênue essa relação, por melhor que seja, e a fragilidade do trabalhador diante às propostas patronais. Campo Grande News/Carta Campinas